O chefe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, fez críticas ao posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) à respeito da agência reguladora.
Há duas semanas, Bolsonaro ameaçou divulgar os nomes dos integrantes da Anvisa que aprovaram a utilização da vacina da Pfizer para crianças a partir de 5 anos.
Para Antonio, a campanha do mandatário para minar a imunização das crianças estimula grupos antivacina e ameaças à vida de funcionários da instituição.
"Não tenho dúvida que as duas falas contribuíram sobremaneira para o número aproximado de 170 ameaças de morte, agressão física, violência de todo tipo contra servidores e seus familiares que a Anvisa tem recebido", disse Barra Torres à Folha de São Paulo.
O chefe da agência afirmou ainda que há sensação de "desamparo" no órgão, que ainda aguarda resposta da Polícia Federal sobre o pedido de proteção aos funcionários.
"Atingimos um número aproximado de 170 ameaças, número esse que cresce todos os dias. Até o presente momento, não há medida concreta de proteção pelo menos ostensiva e palpável que nós tenhamos conhecimento em relação a Anvisa, em relação aos seus servidores e as instalações prediais", disse o chefe.
Fonte: Bahianoticias