Os brasileiros já podem preparar o bolso ao chegar nos postos de combustíveis nos próximos dias. Isso porque, com a tramitação da Medida Provisória (MP) 1227/24, que limita as compensações de créditos de PIS e COFINS, proposta pelo Ministério da Fazenda, deve onerar o preço final dos combustíveis. Na sexta-feira, 7, a Acelen, que administra a refinaria de Mataripe, anunciou a redução de 4% no preço da gasolina.
O secretário executivo do Sindicombustíveis Bahia, Marcelo Travassos, comentou que, apesar alongamento do prazo para a compensação dos impostos, vai haver um custo financeiro para o empresário. Ainda segundo Travassos, as distribuidoras já emitiram um comunicado falando sobre o aumento nos preços, que na visão dele, pode ocorrer nesta terça-feira, 11, ou no próximo domingo, 16.
O presidente do Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus Freitas, também demonstrou preocupação com a vigência desta MP, que segundo ele, vai impactar diretamente a qualquer empresário. Freitas destacou ainda que essa MP vai impactar em diversos setores da economia a citar alimentos, transporte, o que ele caracterizou como um efeito em cadeia. "É péssimo para o empresário e para sociedade porque reduz o consumo e aumenta o desemprego. Vai haver, inclusive, um impacto no GNV e afetará os taxistas e motoristas por aplicativo. É um buraco negro", disparou.
Na visão de Walter, não houve um amplo debate sobre o tema e de repente o governo decidiu botar em vigência uma Medida Provisória que tem impacto direto para a sociedade.
Um cálculo feito pelo Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), aponta que a variação da gasolina seria entre 4% a 7%, o que representa R$ 0,20 a R$ 0,36 de incremento no preço, e a do diesel entre 1% a 4%, de R$ 0,10 a R$ 0,23 por litro. Segundo o IBP, deve haver um impacto de R$ 10 bilhões somente nas empresas de distribuição de combustíveis.
A distribuidora Ipiranga já emitiu um comunicado dizendo que o aumento nos preços já vai acontecer nesta terça-feira, 11.
Fonte: Atarde