O delegado Ricardo Feitosa confirmou que o corpo achado na manhã desta terça-feira, 21 de junho, na praia de Pitangueiras, Bahia, é mesmo da última pessoa desaparecida após a queda de um helicóptero na sexta-feira, 17, em Trancoso, no sul do estado. De acordo com o delegado, o marido de Jordana Kfuri Cavendish não teve condições emocionais para fazer o reconhecimento do corpo. Um amigo da família confirmou a identidade de Jordana. Uma foto também auxiliou os peritos, que compararam a imagem a uma tatuagem da moça.
O acidente com o helicóptero ocorreu na noite de sexta. A aeronave levava sete pessoas que tinham deixado o Rio para passar o fim de semana em um resort.
No fim da tarde de segunda-feira, 20 de junho, foi localizado o corpo da sexta vítima, o empresário Marcelo Mattoso Almeida, que pilotava o helicóptero e era o dono do resort para onde o grupo viajava. Segundo a polícia, o corpo de Almeida foi localizada por um pescador da região. O corpo foi encontrado boiando a cerca de quatro quilômetros da costa. Cinco corpos já foram enterrados.
Vítimas
Entre as vítimas do acidente está a estudante Mariana Noleto, de 20 anos. A jovem era namorada de Marco Antônio, filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Também morreram o menino Luca, filho de Jordana (última desaparecida), a irmã dela, Fernanda Kfuri, de 35 anos, o sobrinho, Gabriel Kfuri Gouveia, de 2 anos, e a babá das crianças, Norma Assunção, de 49 anos.
Saiba mais
Cabral ia com filho para festa de aniversário na BA no dia do acidente, o Helicóptero era novo', diz piloto que voou dias antes de queda na BA, uma das vítimas de queda do helicóptero é filho do vocalista do Biquíni Cavadão.
O motivo da viagem era a participação na festa de aniversário do empreiteiro Fernando Cavendish. O governador Sergio Cabral e o filho Marco Antonio também participavam da viagem. Eles haviam deixado o Rio na tarde de sexta. Ao chegar no aeroporto de Porto Seguro, na Bahia, o grupo iria embarcar em um helicóptero até Trancoso. A aeronave, que não tinha capacidade para levar todos, tinha previsão de fazer duas viagens. Na primeira foram as mulheres e crianças do grupo. Foi quando o helicóptero, com sete pessoas, caiu.
Piloto estava irregular
O empresário que pilotava o helicóptero estava com as habilitações para pilotar helicópteros vencidas, de acordo com Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O empresário usou a matrícula do piloto Felipe Calvino Gomes para ter sua decolagem liberada no aeroporto de Porto Seguro.
Gomes disse que voou algumas vezes com o helicóptero Esquilo, de prefixo PR-OMO, que caiu em Porto Seguro. Ele afirmou que foi contratado por Almeida na semana passada e disse estar surpreso por ter seu nome usado pelo empresário. “O helicóptero era novo, de 2008, e estava em perfeitas condições, com toda a manutenção em dia. Com certeza, ele se desorientou com o mar, pois tinha pouca visibilidade, perdeu referência com a água e o céu e caiu”, opina Gomes.
Por: G1/BA