Para garantir a qualidade da carne e derivados provenientes do Matadouro de Itamaraju, o diretor de Inspeção Municipal da Secretaria de Agricultura de Itamaraju, o médico veterinário Antônio Rodrigues Filho, se dirigiu na manhã dessa quinta-feira, 21 de julho, ao local para analisar a qualidade da carne consumida pelos itamarajuenses. Durante a inspeção, foi detectado que um dos animais estava contaminado com brucelose.
A vaca acometida pela doença estava com vários focos espalhados por todo o corpo. Amostras de sangue do animal foram mandadas para análise, que teve conclusão positiva para a doença. Com a confirmação, o animal teve que ser incinerado por inteiro, pois a doença é infecto-contagiosa.
O veterinário disse ao Portal de Notícias Cocobongo, que esse trabalho de controle da qualidade da carne é feito várias vezes na semana com análise de material colhido do animal na morte e pós-morte. “Graças a esse trabalho conseguimos diagnosticar essa doença, que é uma zoonose sem controle e contagiosa causada pela bactéria Brucella abortu”, disse o veterinário.
Para os animais, a brucelose causa sérios problemas, principalmente o aborto no final da gestação, além de outras complicações. Já no ser humano, ela leva a esterilidade do homem e, na mulher, febre e dor de cabeça. Doutor Antônio lembra que essa doença é responsável por grandes prejuízos ao rebanho nacional de bovinos e bubalinos, devido ao aborto, redução da fertilidade e conseqüente queda na produção leiteira.
O veterinário assegurou que o curral e as dependências internas do matadouro serão desinfetados para que outros animais não venham se infectar. Ele aproveitou para alertar a população que, brevemente, irá acontecer em Itamaraju, uma campanha de conscientização de combate ao abate clandestino de gado.
“O abate clandestino vem crescendo e deixa a população a mercê de, no futuro, ter problemas de saúde ocasionados por doenças causadas pelo consumo de carne supostamente estragada ou com bactérias, podendo estar, inclusive, infectada com brucelose e outras doenças existentes”, alerta.
Por: Carlos Figueiredo/Cocobongo