Eunápolis: A taxa de homicídios registrada nos quatro primeiros meses do ano de 2013, no município de Eunápolis, é a menor dos últimos nove anos, informou a Policia Militar da cidade.
A queda chega a cerca de 60% se comparado ao mesmo período de 2012. Em termos absolutos no ano de 2006 houve um número menor de mortes, 12 contra 13 em 2013. Entretanto, leva-se em conta o aumento da população em sete anos. Na época a taxa de homicídios era 12,8 para 100 mil habitante e atualmente é de 12,6 em 100 mil moradores
Segundo o Comandante da 7ª CIPM, major Anacleto França, os números são significativos e precisam ser comemorados por toda a comunidade eunapolitana. “Esse resultado tem sido obtido através de uma série de medidas de prevenção e repressão do crime no município”, afirmou.
De acordo o major França as ações vão desde o aumento da presença da PM nas chamadas "zonas quentes", a remoção de criminosos para o regime disciplinar diferenciado (RDD), e um maior controle de presos dentro dos estabelecimentos de custódia.
“No inicio focamos na melhoria das condições de trabalho dos Policiais Militares, através da aquisição de equipamentos e viaturas, ampliamos a oferta de policiamento ostensivo e a interação junto à comunidade. Destaque a nosso site de denúncia e um rígido controle das ações do policiamento com foco no resultado de cada policial de serviço", disse, acrescentando que “todos os militares da 7ª CIPM possuem uma parcela de contribuição neste resultado, como os demais encarregados de aplicação da lei. “O sucesso é de todos”, completou.
“No seu esforço a Polícia Militar passou a desenvolver desde março a “Operação Fênix”, em horários e dias de maior incidência de delitos, onde policiais atuam em caráter extraordinário em Eunápolis. A estratégia é fruto do estudo das estatísticas criminais e de outros indicadores, atendendo a política de segurança do Governo do Estado, dentro do Programa Pacto pela Vida”, acrescentou.
Muito a ser feito: O major França adverte sobre a importância de um grande envolvimento de todos no enfrentamento da violência e da criminalidade, segundo ele, isso implica na adoção de medidas convencionais, a exemplo do aumento do policiamento ostensivo, maior e melhores resultados na investigação criminal, além da redução da impunidade.
Aliado a medidas não convencionais construídas no conjunto da sociedade, dentre elas a regulação de horários e locais destinados à venda de bebidas alcoólicas, ampliação do monitoramento de vídeo, desocupação de áreas irregulares e um amplo programa educacional envolvendo temas multidisciplinares incluindo não somente formação intelectual, como também a moral. “Além disso, é fundamental a disponibilidade de lazer e esporte para todos”, alegou Anacleto França.
Na sua visão é comum vincular o problema da violência urbana às drogas, então devem ser instituídas alternativas concretas e factíveis de prevenção, repressão e tratamento. “Alternativas locais precisam ser adotadas no âmbito dos municípios, pois não podemos viver na espera de uma grande ideia, um milagre, uma solução única capaz de contemplar todo território brasileiro. Necessitamos criar nossas alternativas especificas; em cada cidade, cada bairro e rua”, ressaltou Anacleto França.
Por: Liberdadenews/Ascom