Teixeira de Freitas: O IPEA e o IBGE publicaram nesta segunda-feira, 05 de julho, o Atlas da Violência 2019, que se refere ao levantamento das mortes violentas no país no ano de 2017. O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) publicou o estudo no seu portal oficial. Esse estudo revelou uma melhoria significativa na posição de Teixeira de Freitas, que na última pesquisa, em 2015 estava na 7ª posição entre as cidades mais violentas do país, conforme gráfico abaixo.
Segundo o Atlas da Violência 2019, a Bahia tem 05 cidades entre as mais violentas do país, entres elas Simões Filho (5ª), Porto Seguro (8ª), Lauro de Freitas (10ª), Camaçari (11ª) e Eunápolis (20ª). Teixeira de Freitas nem apareceu nesta lista, que enfatizou as 20 mais violentas e as 20 menos violentas do país com base no número de homicídios por 100 mil habitantes. Se não apareceu pelo ponto de vista positivo, já é um grande feito sair da lista das 20 cidades mais violentas do país.
O estudo aponta uma redução no número de homicídios, em geral, no país, cerca de 25%. E em nossa cidade, desde a chegada da nova coordenação da Polícia Civil, através da delegada Valéria Chaves, e da criação do Núcleo de Homicídio em Tráfico em 2017, os índices de homicídio vêm diminuindo semestre a semestre. No primeiro semestre deste ano, Teixeira de Freitas registrou uma redução de 47,82% no número de mortes. Uma redução significante, superando a média nacional que foi de 25%.
Segundo dados da 8ª COORPIN, de janeiro a maio de 2019 foram registrados 24 homicídios, sendo que neste mesmo período em 2018 foram 46 homicídios. Segundo dados levantados pela redação do Liberdade News, em junho de 2019 foram 12 homicídios, um número bem alto, em relação à média mensal que vinha sendo registrada, mas, em julho, a Polícia Civil de Teixeira de Freitas registrou apenas um homicídio no mês, um número extremamente baixo, como há muitos anos não foi registrado.
Se continuar seguindo essa média, este ano de 2019 o número de homicídio poderá estar abaixo de 80, o que não acontece há muitos anos. Nossa equipe, que vem constantemente acompanhando as notícias policiais, tem conversado com a delegada Valéria Chaves, coordenadora da 8ª COORPIN, e com os delegados Manoel Andreetta e Bruno Ferrari, do Núcleo de Homicídio e Tráfico. Segundo os delegados, essa diminuição no número de homicídios se deve a um trabalho conjunto entre as forças de segurança.
Segundo Andreetta, a Polícia Militar (87ª CIPM, CAEMA e RONDESP Sul) vem realizando um excelente trabalho de prevenção e combate ao crime, especialmente ao tráfico de drogas. O Judiciário e o Ministério Público têm contribuído muito com a rapidez nos mandados de prisão, nas conclusões dos processos e julgamentos. O Conjunto Penal vem atuando na disciplina, na inteligência e fiscalização para controlar a influência dos líderes dos grupos criminosos fora do presídio e a Polícia Civil vem atuando com afinco na solução de crimes, elucidando homicídios como nunca na história do estado.
Ainda segundo Andreetta, a comunidade tem tido um papel de suma importância, pois, passou a confiar mais no trabalho das forças de segurança, aumentando as denúncias e informações, que têm levado a polícia a alcançar os criminosos, identificar seus grupos e assim, chegar a um número de autoria de homicídios recorde no estado e até mesmo no país, devolvendo a sensação de segurança e confiança no poder do estado.
Conforme conclusão do estudo realizado pelo Atlas da Violência, embora seja grande os desafios na Segurança Pública, é possível manter essa baixa e diminuir ainda mais os índices de crimes contra a vida, para isso, é preciso o uso cada vez mais inteligente e qualificado dos sistema coercitivo do estado, tirando de circulação os homicidas e demais criminosos de alta periculosidade. É preciso também repensar a política criminal, bem como o saneamento do sistema de execução penal, de forma a manter o controle das prisões.
Por fim, não menos importante, os Índices de Desenvolvimento Humano entre as 20 cidades mais violentas e as 20 menos violentas evidenciam um abismo social entre elas, o que ilustra e reforça o achado de inúmeros estudos que mostram a importância de investir em nossas crianças hoje para que elas não sejam os criminosos de amanhã.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews
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http://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/21/atlas-da-violencia-dos-municipios-brasileiros-2019.